Você conhece alguma pessoa que não sente remorso nenhum quando prejudica ou magoa alguém? Alguém que está sempre mentindo e se acha acima de qualquer lei? Mentiras, falta de empatia, desprezo pelos sentimentos das pessoas, senso de superioridade. Essas são algumas das principais características de um sociopata, também comumente chamado de psicopata.
Mas, afinal de contas, como se comporta um sociopata? Será que você já conviveu com uma pessoa assim? Tem interesse pelo tema e quer saber mais? Veja quais são as principais características, como diagnosticar, quais as formas de tratamento e os maiores fatores de risco presentes na infância.
Como identificar um sociopata?
Sabe aquele clássico vilão de novelas que arma várias tramoias para prejudicar o mocinho e não se importa com as regras ou com o mal que está fazendo? Em geral, os sociopatas seguem o mesmo padrão, em graus muito elevados, não sentindo remorso, podendo ser violentos e desconsiderando o que é certo e o que é errado.
Seu comportamento tende a ser agitado e com humor hostil, sendo propensos à violência. Frequentemente se envolvem com condutas perigosas, envolvendo jogos, drogas e vandalismo.
Outro padrão é que se percebem como superiores, são egocêntricos e vaidosos. Muitas vezes utilizam carisma e charme para tirar proveito das situações. Podem ser também irresponsáveis e explosivos. Geralmente eles não cultivam amizades verdadeiras e os familiares e pessoas próximas sofrem muito com o seu comportamento.
Como é o diagnóstico e tratamento?
O termo técnico usado pela área da saúde é transtorno de personalidade antissocial, e as estimativas indicam que esse transtorno acomete cerca de 3% da população mundial.
Sua incidência é maior em homens do que em mulheres e ele é enquadrado como um transtorno de personalidade que tem tratamento e deve ser acompanhado por especialistas.
Há dois níveis de sociopatia. O psicopata comunitário ou de grau leve, que é o tipo mais comum, apresenta os traços de personalidade característicos em um nível mais brando e provavelmente não chegaria a matar, por exemplo. Já o psicopata antissocial ou de grau moderado a grave expressa os traços de forma mais intensa e tem uma propensão a se tornar um assassino em série.
Para fazer o diagnóstico é preciso procurar um psiquiatra experiente que vai indicar o melhor tratamento medicamentoso, além de psicoterapia. Vale ressaltar que as pessoas que convivem com o sociopata podem e devem procurar auxílio para manejar os percalços dessa relação.
É possível evitar predisposições?
As causas da sociopatia são associadas tanto a fatores genéticos quanto a condições de vulnerabilidade na infância. Muitos adultos sociopatas sofreram violência verbal, física ou psíquica e/ou viveram em um ambiente familiar caótico quando crianças.
Assim, educar as crianças em ambientes saudáveis e estáveis é uma forma de prevenção. Contudo, isso não exclui totalmente a possibilidade de que mais tarde o jovem possa apresentar o transtorno.
É fácil imaginar aquele menininho que sente prazer ao maltratar um animal e mente exageradamente por diversão. Esse poderia ser um caso que merece atenção de um profissional. É válido ressaltar que, como o diagnóstico de transtorno antissocial só pode ser feito a partir dos 18 anos, quando a criança ou adolescente apresentam características semelhantes, o diagnóstico é de transtorno de conduta.
Gostou de saber um pouco mais sobre os sociopatas? Tem curiosidade quanto aos mistérios da mente? Aproveite que você está aqui e veja como a psicanálise pode ajudar profissionais de outras áreas!